Ele participava do primeiro dia de provas do evento, quando corria a meia maratona de 21 km. Segundo a organização da prova, João "teve um mal súbito e sofreu uma parada cardiorrespiratória no km 20 do percurso" — o quilômetro final da corrida.
A equipe médica do evento imediatamente dirigiu-se ao atendimento e iniciou os protocolos de ressuscitação cardiopulmonar (R). Apesar de todos os esforços, o atleta não resistiu.
João Gabriel era estudante do 3° semestre do curso de Ciência de Dados e Inteligência Artificial da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). A instituição lamentou a morte, em nota: "Neste momento de dor, a Universidade expressa os mais sinceros sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos e colegas".
O jovem também estava noivo há mais de um ano de uma colega da faculdade. Nas redes sociais, ele tinha publicações com a noiva, com amigos e registros de corridas de longas distâncias — praticadas há pelo menos cinco meses.
Os amigos de João lamentaram a morte com publicações nas redes. "Sempre lembraremos dos momentos felizes que tivemos contigo", escreveu o amigo Bernardo em um post.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, também manifestou pesar pela morte em uma publicação. Assista abaixo:
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O velório de João Gabriel começou às 7h deste domingo (8), no Cemitério São Miguel e Almas. A cerimônia de cremação, no mesmo local, deve acontecer até às 16h.
Em entrevista à CNN, o médico do esporte Rodrigo Schroder enfatizou que corridas de longa distância necessitam de o mínimo de acompanhamento médico.
Nenhum atleta amador, nem mesmo jovens considerados saudáveis, deveriam participar de uma maratona sem avaliação médica especializada. É ideal que se faça o mínimo de check-up cardiólogico completo.
O especialista ainda afirmou que maratona não é uma aventura, mas sim um "desafio fisiológico sério". Ele citou que as principais causas para a parada cardiorrespiratória em jovens em uma corrida são arritmia fatal, colapso térmico, hiponatremia e rabdomiólise grave.