O selo atesta o controle de origem, rastreabilidade e qualidade, sendo uma conquista que valoriza o trabalho de 1,5 mil produtores e impulsiona a renda da maior bacia leiteira do estado. Para alcançar o reconhecimento, pecuaristas e queijeiros realizaram uma adequação sanitária das regiões produtoras de queijo após um processo de capacitação e sensibilização.

O queijo coalho bovino, elaborado em queijarias flutuantes, é destaque da produção. Para isso, houve adaptação às variações do nível dos rios, que alagam planícies e mudam as rotas de transporte de mercadoria durante o ano.

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A cidade de Autazes, que ganhou o reconhecimento de indicação geográfica pelos queijos, tem seis fábricas de laticínios, seis queijarias flutuantes e nove queijarias com Serviço de Inspeção Estadual (SIE). Também há exigências na manipulação do leite, como necessidade de equipamentos específicos para operação na conformidade, condição da água, manuseio e fluxo de pessoas nos locais da produção.

Além de conduzir o trabalho de estruturação dos "Queijos de Autazes" com Associação de Produtores dos Queijos de Autazes, o Sebrae ofereceu o programa Sebratec para capacitação dos produtores no intuito de melhorar os processos e produtos.

Coordenadora de Negócios de Base Tecnológica do Sebrae, Hulda Giesbrech afirma que o reconhecimento de indicação geográfica contribui para impulsionar os negócios locais.

“O registro da IG tem o poder de induzir o crescimento de toda a cadeia produtiva e aquecer a economia da região, gerando empregos mais qualificados e com melhor remuneração, além de abrir portas para novos mercados”, diz.

Recentemente, o Brasil também foi reconhecido com a indicação geográfica de uísque escocês. Além de facilitar o o do produto das destilarias escocesas ao mercado brasileiro, o selo também pode impulsionar a economia em até 25 milhões de libras (cerca de R$ 180,3 milhões), segundo o Ministério de Negócios e Comércio do Reino Unido (DBT).

 

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