Os engenheiros conseguiram restabelecer conexão com o minúsculo CubeSat na quarta, depois que ele interrompeu a comunicação com a Deep Space Network (DSN) na terça-feira (5).
O DSN é a rede de antenas de rádio da Nasa que dá e para as missões de naves espaciais interplanetárias, bem como algumas em órbita da Terra.
O CubeSat é o "Cislunar Autonomous Positioning System Technology Operations and Navigation Experiment", Experimento de Operações e Navegação da Tecnologia do Sistema de Posicionamento Autônomo Cislunar em português, também conhecido pela sigla Capstone.
O satélite deixou a órbita da Terra na segunda-feira (4), marcando um marco importante em sua viagem planejada de quatro meses para a Lua.
As dificuldades de conexão forçaram a equipe da missão a atrasar a primeira manobra de correção de trajetória do satélite, originalmente programada para 5 de julho, relatou a Nasa.
A modificação faz parte de uma série de transformações planejadas para aumentar a precisão da transferência de órbita da Terra para a Lua.
Depois que o Capstone deixou a órbita da Terra com sucesso, ele começou a carregar sua bateria a bordo usando painéis solares, de acordo com uma atualização da NASA.
O CubeSat está aguardando a correção da trajetória e permanece no curso geral pretendido para sua transferência lunar balística.
O satélite dependerá de sua própria propulsão e da gravidade do Sol pelo restante de sua viagem. A gravidade permitirá que o CubeSat use significativamente menos combustível para chegar ao seu destino.
A missão foi lançada a bordo do foguete Electron da Rocket Lab do Rocket Lab Launch Complex 1 na Península Mahia, na Nova Zelândia, em 28 de junho.
O objetivo do CubeSats é entrar em uma órbita alongada, que é uma órbita de halo quase retilínea, ao redor da Lua por pelo menos seis meses para fins de pesquisa.
A órbita do satélite levará a espaçonave a 1.609,3 quilômetros de um polo lunar em sua agem mais próxima e a 70.006,5 quilômetros do outro polo a cada sete dias.
A equipe da missão espera que o satélite possa manter sua trajetória, o que pode permitir que a agência lance e coloque um posto lunar chamado Gateway.
O posto avançado desempenharia um papel crucial no programa Artemis da Nasa, fornecendo um caminho eficiente da Lua e para a Lua às futuras naves espaciais
Além disso, o pequeno satélite também testará suas habilidades de comunicação. A órbita oferece uma visão da Terra enquanto fornece cobertura para o polo sul lunar, que é o ponto de pouso programado para os astronautas da Artemis em 2025.
O CubeSat também se comunicará com o Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) da Nasa, uma espaçonave que circula a Lua há 13 anos. Ele atuará como um ponto de referência para o satélite e permitirá que os cientistas meçam a distância entre o CubeSat e o LRO, bem como onde o Capstone está no céu.
Os entusiastas do espaço podem acompanhar a jornada do satélite usando o Eyes on the Solar System da Nasa.
Esse conteúdo foi publicado originalmente em