Através de imagens do rover Curiosity, foi possível encontrar sinais na cratera Gale — uma bacia com 154 km de diâmetro a sul do equador — de que água esteve presente no planeta muito depois de quando pensávamos que ele tinha se tornado seco e inóspito.
As imagens analisadas pelos pesquisadores, mostraram camadas deformadas dentro de um arenito desértico que só poderiam ter sido formadas por água. "O que está claro é que por trás de cada uma dessas formas potenciais de deformar esse arenito, a água é o elo comum", afirmou Steven Banham, do Departamento de Ciências da Terra e Engenharia do Imperial College London.
Embora concordem que a água estava presente, ainda não há certeza se ela existia como líquido pressurizado, gelo ou salmoura. “Essa água pode ter sido um líquido pressurizado, forçado e deformado no sedimento; congelado, com a repetição do processo de congelamento e descongelamento causando a deformação; ou salgado e sujeito a grandes variações de temperatura", explicou o pesquisador.
Tal descoberta influencia em nossa compreensão das mudanças climáticas em Marte, além de possibilitar um direcionamento nos estudos sobre a habitabilidade do planeta.