O estudo, publicado no BMJ Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry, foi realizado a partir de uma meta-análise de 15 artigos sobre "atividade física no lazer", um termo genérico para qualquer atividade física. Com isso, foram incluídas atividades como jardinagem, caminhada, ciclismo e levantamento de peso.

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De acordo com os pesquisadores, quem praticava uma atividade física qualquer, independente da intensidade, tinha um risco de 10% a 30% menor de sofrer um AVC (acidente vascular cerebral) em comparação com pessoas que não praticavam qualquer atividade.

O estudo também analisou os resultados para os diferentes tipos de AVC (isquêmico ou hemorrágico). Para o primeiro tipo, os pesquisadores descobriram que as pessoas que realizaram baixos níveis de atividade física tiveram uma redução de 13% no risco de ter um derrame. Já para o AVC hemorrágico, o risco foi 16% menor.

O tipo isquêmico, mais comum, é caracterizado por uma obstrução de um vaso sanguíneo, dificultando o fluxo de sangue par ao cérebro. Já o AVC hemorrágico, menos comum, ocorre quando um vaso sanguíneo se rompe e começa a sangrar no cérebro.

Os 15 estudos analisados pelos pesquisadores incluíram mais de 750 mil participantes, acompanhados por um tempo médio de 10 anos. Cada estudo usou classificações diferentes para o nível de atividade física realizada, que variaram desde "nenhuma", ando por "moderada", e chegando até "ideal" ou "intensa".

Níveis mais altos de atividade física estavam relacionados a um risco ainda mais reduzido de AVC. De acordo com a análise, os participantes que realizavam atividade física moderada reduziram o risco de ter derrame em 33%.

No entanto, o estudo descobriu que níveis "intensos" de atividade física não pareciam reduzir tanto o risco de AVC em comparação com o nível "moderado". Em dois dos estudos analisados, a atividade física intensa reduziu em apenas 2% o risco de derrame, em comparação com quem praticava nenhuma atividade física.

A OMS recomenda que sejam feitos, pelo menos, 150 a 300 minutos de atividade física moderada ou intensa por semana, para adultos, além de uma média de 60 minutos de atividade física aeróbica moderada por dia para crianças e adolescentes.

O sedentarismo está associado a um risco aumentado de doenças cardiovasculares, obesidade e problemas musculares, podendo afetar a qualidade de vida de adultos, crianças e adolescentes.

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