De acordo com Côrtes, o Brasil enfrentou uma explosão de casos de dengue no ano ado, atingindo um recorde absoluto devido a uma onda de calor que afetou principalmente as regiões Centro-Oeste e Sudeste. Embora o número de casos tenha diminuído comparativamente este ano, a situação ainda requer atenção.
O especialista apresentou um mapa que destaca as áreas mais afetadas pela doença. Estados como Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul estão em estado de atenção devido à alta incidência da doença. Aproximadamente metade do território brasileiro está em alerta para uma elevada ocorrência de dengue.
Paradoxalmente, mesmo em regiões que estão experimentando temperaturas mais baixas, a proliferação do mosquito Aedes aegypti continua sendo um problema. Côrtes explica que o mosquito se adaptou ao ambiente urbano e agora consegue se proliferar mesmo em condições de temperatura menos favoráveis.
Os dados coletados pelo Ministério da Saúde revelam números preocupantes. São Paulo lidera com mais de 811 mil casos prováveis nos primeiros cinco meses do ano. Outros estados também apresentam números significativos, como Paraná com 114 mil e Minas Gerais com 153 mil casos.
Diante desse cenário, Côrtes reforça a necessidade de medidas preventivas contínuas. É crucial que a população evite criadouros do mosquito, como depósitos de água parada em casa, pratinhos de plantas e objetos que possam acumular água da chuva.
O especialista também destaca a importância de campanhas de prevenção permanentes por parte dos governos federal, estaduais e municipais. A falta de cuidado e prevenção não apenas sobrecarrega o sistema único de saúde, mas também dificulta o tratamento adequado de outras doenças, como as síndromes respiratórias que estão em ascensão.
A dengue é uma doença evitável, diferentemente de algumas síndromes respiratórias que são transmitidas pelo ar. Com medidas preventivas adequadas, é possível reduzir significativamente a incidência da doença e seus impactos na saúde pública brasileira.