Caracterizada pela dificuldade ou pouca frequência na evacuação, essa condição pode gerar desconforto e até mesmo causar complicações mais sérias se não for tratada adequadamente.
“O hábito intestinal normal pode variar entre três evacuações ao dia a três idas ao banheiro por semana. As fezes devem ter consistência macia, e a evacuação não deve gerar grandes esforços, dor ou sangramento. Se o paciente evacua numa frequência menor, acompanhada de esforço, fezes endurecidas e que causam cólicas, dor ou sangramento, dizemos que este paciente tem prisão de ventre”, explica Maristela Almeida, proctologista do Hospital Edmundo Vasconcelos.
O problema pode estar associado a hábitos de vida não saudáveis como baixa ingestão fibras na alimentação, beber pouca água e sedentarismo. Mas pode também estar ligado a outros fatores como alterações hormonais, uso de medicamentos e condições de saúde como o hipotireoidismo, gravidez e estresse.
“A prisão de ventre pode acarretar diversos riscos à saúde como o aumento do desconforto abdominal, hemorroidas, fissuras anais e até mesmo o desenvolvimento de diverticulite [inflamação ou infecção no intestino grosso]. Além disso, o acúmulo de fezes no intestino pode favorecer a proliferação de bactérias nocivas e toxinas no organismo”, explica Rodrigo Barbosa, cirurgião digestivo e coloproctologia do corpo clínico dos hospitais Sírio-Libanês e Nove de Julho, ambos em São Paulo.
Segundo os especialistas ouvidos pela CNN, a pessoa com constipação intestinal deve buscar uma alimentação mais saudável e melhorar o estilo de vida para ter uma saúde intestinal equilibrada.
Veja seis dicas listadas pelos médicos:
“A ingestão de fibra varia de 25 a 30 gramas por dia, deve-se beber pelo menos dois a três litros de água diariamente e evitar algumas medicações que podem levar a uma obstipação, avaliado junto ao médico. E por último, sempre procurar o gastroenterologista para tentar maneiras de melhorar essa constipação para este quadro não evoluir e se tornar algo mais grave”, finaliza Luiz Almeida, gastroenterologista e docente do Idomed Alagoinhas-BA.