"Se 95% da população da América Latina usasse máscara, o que hoje está ao redor de 65%, poderiam se salvar 48 mil vidas até o dia 1º de julho. Além disso, as pessoas devem evitar locais fechados e aglomerações em que a transmissão é muito forte", disse Barbosa, em entrevista nesta quarta-feira (14).

De acordo com o especialista, o país estabilizou em um "patamar muito alto" o número de casos e mortes por Covid-19 e necessita de ações efetivas de saúde pública para a redução desses índices, que acabam refletindo no restante da América Latina.

"Sabemos o que funciona, a maneira que o vírus se transmite e as medidas de saúde pública que podem reduzir isso. Se forem adotadas medidas com efetividade, elas têm a capacidade de reduzir a transmissão e fazer com que os serviços de saúde não fiquem superlotados e pessoas não morram pela falta de leitos", disse.

Barbosa reforçou que a vacinação contra a Covid-19 é uma estratégia de médio prazo e, para agora, o essencial é proteger a população de se contaminar com o vírus, enquanto, paralelamente, o Brasil e demais países da América Latina possam advogar no cenário internacional pelo o equitativo aos imunizantes.

"[É necessário] avaliar medidas mais rígidas de suspensão de atividades não-essenciais. Há um conjunto de medidas que comprovadamente podem auxiliar num curto prazo a reduzir a velocidade da transmissão, enquanto lutamos para que o mundo tenha o mais equilibrado às vacinas."

Pedestre usa máscara  e face shield ao andar pela 25 de março
Pedestre usa máscara e face shield ao andar pela 25 de março, rua de comércio popular em São Paulo, durante pandemia da Covid-19
Foto: Cris Faga/Estadão Conteúdo (24.set.2020)
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OPAS/OMS: 95% da América Latina usando máscaras salvariam 48 mil vidas até julho | CNN Brasil