Motta afirmou que o governo terá um prazo de dez dias para apresentar uma alternativa ao aumento do imposto. Ele destacou que o Congresso quer encontrar uma solução de forma conjunta e rejeitou qualquer intenção de criar instabilidade institucional e “tocar fogo no país”.
“Queremos construir a solução com o governo, não há interesse do poder legislativo em tocar fogo no país. Nós temos compromisso com a população, com o futuro do Brasil e penso que sempre em uma mesa quando se sentam bem intencionados os poderes representados é onde as grandes soluções aparecem”, afirmou Motta durante coletiva após reunião de líderes.
O presidente da Câmara também criticou o foco do governo em medidas que aumentam a arrecadação, sem iniciativas concretas de corte de gastos. Segundo ele, esse tem sido um ponto recorrente de insatisfação entre parlamentares.
“Temos um ambiente em que há dois anos e cinco meses todas as medidas que chegaram visaram o aumento da arrecadação e não chegaram medidas revendo despesas. É isso que o Congresso e a sociedade tem cobrado e isso foi dito ao ministro”, declarou Motta.
As declarações ocorrem em meio à pressão de parlamentares para que o governo volte atrás na decisão. Caso isso não ocorra, Motta sinalizou que a Câmara pode votar um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para derrubar o aumento do IOF.
"Da mesma forma que o governo também nos garantiu que pode ou não apresentar alternativa, nós também deixamos claro que nossa alternativa pode ser pautar o PDL”, afirmou.