Em nota divulgada nas redes sociais, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), afirmou que a decisão dos Estados Unidos é uma "tentativa de sanção ao ministro Alexandre de Moraes".
"É uma afronta inaceitável à soberania do Brasil. Um país estrangeiro não pode se arvorar no direito de julgar ou punir um membro da mais alta Corte brasileira por suas decisões judiciais", escreveu.
O líder também acusou o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de articular junto a autoridades norte-americanas para "pressionar e constranger o STF". "Essa prática é antidemocrática, interfere nos assuntos internos do Judiciário brasileiro e desrespeita o princípio da separação dos Poderes", citou.
Questionado sobre o assunto, o líder do governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou à CNN que o tempo em que o Brasil "era quintal já ou".
A deputada Talíria Petrone (RJ), líder do PSOL na Câmara, afirmou que a decisão anunciada por Rubio "não surpreende". "Os EUA estão sob um governo autoritário e que olha para o mundo como um império. Querem impor seus interesses aos outros países pela força", afirmou.
Talíria também afirmou que cabe ao Brasil manter uma postura "soberana e declarar reciprocidade a toda e qualquer medida desse tipo". "Não podemos abaixar nossa cabeça, o Brasil precisa afirmar seu lugar nesse novo mundo", disse a deputada em nota.
Durante sessão da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, Tabata Amaral (PSB-SP) relacionou o fato à suposta tentativa de interferências do governo norte-americano a estudantes estrangeiros nos Estados Unidos.
"Quando você tem um governo que persegue uma instituição porque ela ousa defender seus princípios democráticos, porque há um desejo de perseguir estrangeiros, de perseguir o pensamento crítico, qual o nome que a gente dá pra isso? Eu só consigo pensar em um", afirmou.