Ao ser questionado por jornalistas sobre o assunto durante agenda oficial, o prefeito afirmou que essa ação faz parte de um levantamento que vinha sendo realizado desde o final do ano ado para "poder requalificar os diretores que não estão conseguindo apresentar o resultado para sua unidade escolar".

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"A gente tem em todas as regiões da cidade, escolas com o IDEB [Índice de Desenvolvimento da Educação] 7 e na mesma região, no mesmo bairro, com IDEB 3. O professor recebe o mesmo salário, o diretor recebe o mesmo salário, o uniforme é o mesmo, a merenda é a mesma, o material didático é o mesmo, mas o desempenho do aluno é muito diferente. Então existe essa ação de poder preparar os diretores", afirmou.

A fala de Nunes acontece na semana seguinte ao Ministério Público (MP) de São Paulo ter pedido explicações acerca dos afastamentos. O MP queria saber quais foram os fundamentos legais e objetivos usados para tal, se houve edição de decreto e portaria previstos em lei municipal, se os gestores puderam se defender antes da decisão e como serão feitas as substituições destes profissionais.

"A única coisa que está se fazendo é falar o seguinte: olha diretor, você vai ser levado para fazer um curso de requalificação para poder atender a sociedade. Qual é o bom profissional que não aceita isso de forma positiva, né?", continuou o emedebista.

Ele argumenta que essa é uma decisão "absolutamente técnica" que vem sendo usada politicamente por membros da oposição.

"Estamos muito tranquilos das ações que estamos desenvolvendo, lembrando: o principal foco é o aluno, o aluno é o dono da escola, o aluno é a razão de ter a escola", ressaltou.

Relembre

Após o afastamento, o prefeito de São Paulo foi questionado sobre o assunto ao participar de uma audiência na Câmara dos Deputados para tratar da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estende prazos para prefeituras parcelarem dívidas com a Previdência.

Na ocasião, a deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL-SP) afirmou que a medida está "caracterizada em abuso de poder" e "assédio moral", além de ser um "ataque à educação".

"O aluno que não cometeu nenhum crime, ele é condenado a não aprender? Por favor, gente. Aquele aluno tem o direito. Nós eleitos responsáveis por requalificar o diretor e ele poder ter direito a ter um futuro, não ficar ali condenado a não ter o seu futuro. É somente isso. São diretores bons", respondeu Nunes.

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