Em nota, a equipe jurídica lamentou o ocorrido e reafirmou o compromisso com o devido processo legal. O sargento conta com o apoio jurídico da Associação Pernambucana de Cabos e Soldados, Policiais e Bombeiros Militares de Pernambuco.

O crime foi registrado no último domingo (1) após uma discussão por uma corrida de R$ 7.

Segundo as primeiras informações do caso, o policial teria se recusado a pagar o valor, gerando um desentendimento. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o PM saca um revólver calibre.38 e atira no jovem após um breve diálogo.

Venilson tentou fugir, trocando de camisa, mas foi localizado em um ônibus na Avenida Belmiro Correia, ainda em Camaragibe. Ele chegou a ser agredido por populares antes de ser detido pela polícia.

Nesta segunda-feira (2), a Justiça de Pernambuco converteu a prisão em flagrante do sargento em prisão preventiva durante audiência de custódia realizada na Central de Flagrantes da Capital. A decisão foi assinada pelo juiz José Carlos Vasconcelos Filho, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).

Encaminhado ao Centro de Reeducação da Polícia Militar (Creed), o policial militar aguarda agora o resultado das investigações e do processo istrativo que pode culminar na expulsão dele da corporação.

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“Neste momento, é prematuro fazer qualquer comentário detalhado sobre o caso, uma vez que as investigações ainda estão em curso. Reforçamos a importância de aguardar a conclusão das apurações e o parecer do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), órgão responsável pela acusação. Em consonância com os princípios assegurados pela Constituição Federal e pelo Código de Processo Penal, reiteramos o compromisso com o devido processo legal e a garantia da ampla defesa, direitos fundamentais de todos os cidadãos”, informa a nota da equipe jurídica do PM.

O secretário de Defesa Social do estado, Alessandro Carvalho, classificou o ato como “bárbaro” e informou que Venilson deve ser expulso da corporação após o término de um processo istrativo.

“Ele foi preso e vai responder pelo ato dele. O crime foi bárbaro. Vi as imagens e, sem nenhuma razão, ele desceu da garupa do mototáxi, discutiu brevemente, sacou a arma e atirou contra o trabalhador. Infelizmente, tivemos esse caso, e ele responderá pelo que fez”, afirmou o secretário.

A 10ª Delegacia de Homicídios de Pernambuco conduz as investigações, que incluem o depoimento de testemunhas e a análise de provas, como as imagens de segurança. Já a Polícia Militar analisa os procedimentos istrativos que poderão formalizar a expulsão do sargento.