Elon Musk e Donald Trump na Casa Branca • 11/2/2025 REUTERS/Kevin Lamarque
Durante a troca de ataques públicos entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o bilionário Elon Musk, na quinta-feira (5), o empresário acusou o líder republicano de aparecer nos registros do caso Jeffrey Epstein — empresário acusado de abuso sexual e tráfico internacional de menores.
“Hora de soltar a bomba de verdade: @realDonaldTrump está nos arquivos de Epstein. Essa é a verdadeira razão pela qual eles não foram tornados públicos”, escreveu Musk na rede social X.
Time to drop the really big bomb:@realDonaldTrump is in the Epstein files. That is the real reason they have not been made public.
Have a nice day, DJT!
— Elon Musk (@elonmusk) June 5, 2025
O CEO da Tesla não forneceu nenhuma evidência de onde suas informações estavam vindo e não detalhou como teria obtido o a arquivos não divulgados.
A declaração do empresário foi feita após Trump criticá-lo e ameaçá-lo publicamente com a possibilidade de suspender contratos federais de suas empresas.
Os arquivos de Epstein são uma suposta lista de celebridades e empresários que estariam envolvidos em escândalos sexuais.
Ainda na quinta-feira (5), a secretária de imprensa, Karoline Leavitt, descreveu a acusação de Musk como um “episódio lamentável” em um comunicado.
“Este é um episódio lamentável para Elon, que está insatisfeito com o Projeto de Lei Único, Grande e Bonito, (proposta de lei sobre impostos e gastos de Donald Trump) porque ele não inclui as políticas que ele desejava”, disse Leavitt à CNN em um comunicado.
“O presidente está focado em aprovar esta legislação histórica e tornar nosso país grande novamente”, acrescentou.
Diversas figuras da mídia têm, há anos, sugerido que o governo está escondendo segredos relacionados a Jeffrey Epstein, um pedófilo condenado que cometeu suicídio em 2019 enquanto aguardava julgamento por acusações federais de tráfico sexual.
Muitas versões da teoria da conspiração afirmam que o governo está encobrindo uma lista de homens poderosos que também cometeram crimes hediondos.
Essa teoria tem sido frequentemente resumida como uma “lista de clientes” de Epstein, embora a repórter com as melhores fontes sobre o assunto, Julie K. Brown, do Miami Herald, tenha dito que “aqueles que trabalharam com o FBI no caso por décadas dizem não haver evidências de que Epstein manteve um livro ou uma lista de clientes envolvidos em sua operação de tráfico sexual”.
A inclusão do nome de uma pessoa em arquivos relacionados ao caso não indica, por si só, que ela tenha sido acusada de qualquer irregularidade.
No entanto, Trump — que era amigo de Epstein décadas atrás — falou durante a campanha presidencial de 2024 sobre a possibilidade de divulgar mais arquivos governamentais sobre o caso.
A procuradora-geral Pam Bondi tentou fazer a divulgação no início deste mês, dizendo que Trump a instruiu a revisar os arquivos governamentais sobre Epstein e fornecer transparência ao público.
Ela divulgou uma parte inicial dos arquivos em fevereiro, que duplicava em grande parte informações que já haviam sido tornadas públicas.