"Não quero agourar nada, talvez tenhamos algo. Mas ainda não chegamos lá", disse Biden aos repórteres no Salão Oval da Casa Branca.
"Está muito, muito mais perto do que estava há três dias. Portanto, mantenham seus dedos cruzados."
Sobre as negociações
As negociações para um cessar-fogo em Gaza foram interrompidas nesta sexta-feira (16) e serão retomadas próxima semana. O objetivo é chegar a um acordo que acabe com a guerra entre Israel e o Hamas e liberte os reféns.
Em uma declaração conjunta, os Estados Unidos, o Qatar e o Egito disseram que o governo americano apresentou uma nova proposta, baseada em um projeto da semana ada, mas que fecha lacunas ainda remanescentes.
A nota diz ainda que os mediadores vão continuar a trabalhar na proposta nos próximos dias.
“O caminho está agora traçado para esse resultado, salvando vidas, trazendo alívio ao povo de Gaza e diminuindo as tensões regionais”, disse o comunicado.
Um funcionário do governo israelense afirmou que a delegação em Doha estava indo para casa na sexta-feira (16) e que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, deve se encontrar com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, na segunda-feira (19).
A mais recente rodada de negociações em meses começou na quinta-feira (15) e envolveu principalmente os países mediadores e Israel. O Hamas não participou diretamente das conversas.
Um alto funcionário do Hamas, Izzat al-Rishq, disse à Reuters que Israel “não cumpriu com o que foi acordado” em conversas anteriores.
“Acreditamos que sair de Doha é um o positivo, mas é apenas um o em frente. Há um trabalho enorme que ainda precisa ser feito”, disse o porta-voz da segurança nacional da Casa Branca, John Kirby.
Pontos de atrito incluíram a insistência de Israel de que a paz só será possível se o Hamas for destruído, e o Hamas dizendo que apenas aceitará um cessar-fogo permanente, em vez de temporário.
Outras dificuldades incluíram a sequência de um acordo, o número e a identidade dos prisioneiros palestinos a serem liberados junto com os reféns israelenses, o controle sobre a fronteira entre Gaza e o Egito e a livre circulação para os palestinos dentro de Gaza.