"Depois de 10 anos, o SEVENTEEN se tornou, de verdade, uma segunda família para mim", revelou DK à CNN. "E, como qualquer família, esse tempo juntos é algo muito precioso".

Além de DK, o SEVENTEEN é formado por S.COUPS, JEONGHAN, JOSHUA, JUN, HOSHI, WONWOO, WOOZI, THE8, MINGYU, SEUNGKWAN, VERNON e DINO. O nome frequentemente gera curiosidade, já que o grupo conta com 13 integrantes.

A ideia inicial era, de fato, ter 17 membros – o nome existia antes mesmo da formação do grupo. Como uma estratégia promocional da empresa PLEDIS Entertainment, todo o processo de treinamento antes do debut foi divulgado publicamente, já atraindo fãs dos artistas.

No final, treze artistas foram escolhidos e, desde então, a explicação é: 13 membros + 3 sub-units (hip-hop, vocal e performance) + 1 grupo. Ou seja, 13 + 3 + 1 = 17. Para quem não é familiarizado com K-pop, as sub-units são formações menores que coexistem dentro do grupo. No caso do SEVENTEEN, são a hip-hop team, vocal team e performance team.

 

Ao longo dos anos, o SEVENTEEN conquistou um público cada vez maior com suas músicas autoproduzidas, performances elogiadas e hits como "Aju Nice", "CLAP" e "Super". Em 2024, o grupo foi o terceiro artista mais bem-sucedido globalmente, segundo a Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI), logo após Taylor Swift (1º) e Drake (2º). Segundo a mesma fonte, seus álbuns "Spill The Feels" e "17 IS RIGHT HERE" alcançaram a 3ª e 4ª posições, respectivamente, no ranking global de vendas de álbuns físicos.

O nome do novo álbum, "HAPPY BURSTDAY", lançado na segunda-feira (26), é uma fusão de "Happy birthday" com "Burst" (explosão), simbolizando a energia de renascimento e uma nova era para o SEVENTEEN.

"Esse álbum celebra nosso 10º aniversário, mas também quer marcar um novo começo", declara JOSHUA à CNN.

Pela primeira vez na discografia do grupo, todos os 13 membros contam com faixas solo dentro do mesmo álbum. Além disso, o trabalho conta com colaborações internacionais de peso, como "Bad Influence", escrita e produzida por Pharrell Williams, e "Damage", uma parceria de HOSHI com Timbaland.

A participação ativa de JEONGHAN e WONWOO na criação do álbum antes de iniciarem o serviço militar torna este lançamento ainda mais significativo para o grupo e os fãs.

Confira a entrevista completa:

O nome do álbum, "HAPPY BURSTDAY", soa divertido, mas também muito poderoso. É como uma mistura de celebração e explosão. O que essa nova era representa para vocês, tanto pessoalmente quanto como grupo?
JOSHUA: Esse álbum celebra nosso 10º aniversário, mas também quer marcar um novo começo. Cada integrante contribuiu com uma música solo, e colocamos nessas faixas nossas trajetórias e reflexões sobre esses 10 anos. Queremos compartilhar essas histórias com quem nos ouve. Pra mim, também é uma forma de agradecer aos CARATs por serem meu porto seguro e expressar, de coração, o desejo de que o SEVENTEEN continue junto por mais 10, 20 anos e muito mais.

Vocês definiram esse álbum como um “renascimento” do SEVENTEEN. O que vocês sentiram que precisava mudar ou evoluir depois de 10 anos?
SEUNGKWAN: Muita coisa muda em 10 anos e isso vale pra nós também. Sentimos essa necessidade de evoluir, de nos reinventar. Cada integrante trouxe suas experiências e aprendizados pro álbum, e queríamos que esse crescimento fosse percebido. A gente não queria ficar parado no tempo, então decidimos arriscar, criar, e mostrar que o SEVENTEEN continua se movendo para frente. Mas uma coisa nunca mudou: o laço que temos como grupo e o amor que sentimos pelos CARATs.

Pharrell Williams e Timbaland são lendas da música. Como foi trabalhar com eles? E como vocês garantiram que a identidade do SEVENTEEN estivesse presente na canção?
HOSHI: Quando soube que íamos colaborar com eles, fiquei muito surpreso e empolgado, parecia até surreal ter essa oportunidade. Dentre os muitos lados do SEVENTEEN, eu queria muito mostrar nosso senso de estilo nesse projeto. E, para isso, percebi que ser autêntico e fiel a quem somos seria a melhor forma de trazer nossa identidade à tona. Foi uma honra enorme trabalhar na minha faixa solo com o Timbaland. Durante o processo todo, era difícil acreditar que eu estava escrevendo e cantando em uma música produzida por ele. Fiquei muito orgulhoso do resultado e espero que as pessoas curtam tanto quanto eu curti fazer.

As músicas solo mostram bem o estilo de cada um, mas como fizeram para que, mesmo sendo diferentes, elas funcionassem dentro de um mesmo álbum? Como encontraram esse equilíbrio?
THE 8: Como são 13 faixas solo, cada uma com uma vibe diferente, a gente focou muito em criar equilíbrio na ordem da tracklist. Ao invés de organizá-las pela idade dos membros, que é algo que muitos esperariam do SEVENTEEN, quebramos essa tradição. Optamos por uma ordem que fizesse sentido no clima e no fluxo das músicas. Pensamos bastante em como seria a melhor experiência pra quem vai ouvir o álbum do começo ao fim.

O SEVENTEEN conversa de forma informal entre si, sem considerar a idade, o que não é algo comum na cultura coreana. E isso foi uma escolha desde o começo, certo? Para quem é de fora e talvez não entenda bem o peso disso, podem explicar o que isso representa pra vocês?
DINO: Na Coreia, existe uma cultura muito forte de usar linguagem formal, especialmente com quem é mais velho. Como trainees, viemos de diferentes lugares e faixas-etárias, e no começo isso fazia alguns membros se sentirem meio tímidos ou até intimidados. Por isso, decidimos quebrar essa barreira, criando um ambiente onde todo mundo pudesse falar de forma livre e confortável. Em um grupo tão grande, é essencial alinhar opiniões, e isso só acontece se as pessoas se sentem seguras para dizer o que realmente pensam. Foi assim que construímos uma dinâmica em que somos mais do que colegas, somos como irmãos e amigos.

Sabemos que vocês têm uma reunião mensal, em que cada integrante escolhe o tema e o local, como aquele encontro do Harry Potter que o DK organizou, onde todos foram fantasiados. Quando essa tradição começou e o quanto esses momentos são importantes pra vocês?
DK: Desde abril de 2023, começamos a fazer esses encontros regulares. Com a agenda ficando cada vez mais cheia, percebemos que estávamos tendo menos tempo juntos. Então decidimos, de propósito, reservar esse espaço para fazer o que quisermos, como comer, se divertir, conversar e simplesmente aproveitar a companhia uns dos outros. E, com o tempo, esses momentos ficaram ainda mais especiais. Depois de 10 anos, o SEVENTEEN virou, de verdade, uma segunda família pra mim. E, como qualquer família, esse tempo juntos é algo muito precioso.

S.COUPS, como líder do SEVENTEEN, qual é a primeira emoção que vem à sua mente ao celebrar os 10 anos do grupo? Olhando para trás, quais foram os momentos mais desafiadores e os mais gratificantes para você, como líder?
S.COUPS: A primeira coisa que me vem é gratidão, tanto pelos membros quanto pelos CARATs. Esses 10 anos tiveram altos e baixos e, se em algum momento eu falhei como líder, sou muito grato aos membros que, mesmo assim, escolheram ficar ao meu lado, ontem e hoje.

Acho que o SEVENTEEN não foi construído por uma liderança individual, mas pela união, pela confiança e pelo coração de todos nós. Houve momentos difíceis, outros inesquecíveis. Mas, no fim, cada um deles foi importante, porque amos por tudo isso juntos, nós e os CARATs.

JOSHUA, o HOSHI te descreveu uma vez como um “maratonista”. O que te moldou para ter essa mentalidade de persistência e resiliência? E como isso se refletiu na sua trajetória com o SEVENTEEN?
JOSHUA: Acho que o que me fez continuar sem desistir foi ter um objetivo muito claro e, principalmente, contar com os membros que sempre me apoiaram e me deram força. Graças a isso, conseguimos seguir juntos como SEVENTEEN até aqui.

JUN, parabéns pelos seus projetos recentes! Os fãs ficam muito orgulhosos de te ver atuando novamente. Como você começou a atuar desde tão novo, acha que essa experiência com personagens e emoções te ajuda a se expressar melhor no palco como idol?
JUN: Seria mentira dizer que a atuação não me ajudou como performer. Claro que atuar e estar no palco são coisas bem diferentes, mas as duas me exigem sair de mim mesmo e assumir um outro personagem. Nesse sentido, uma coisa acaba ajudando a outra, sim.

HOSHI, como líder da Performance Team, você é visto como o centro da energia do palco do SEVENTEEN. Como você conduz e inspira o time para entregar apresentações tão poderosas? E o que esse papel significa para você, especialmente depois de mais de 10 anos crescendo juntos?
HOSHI: Meu pensamento sempre foi o mesmo: garantir que o SEVENTEEN suba no palco com orgulho, e que nem os CARATs nem o público se decepcionem com a gente. Temos muita confiança na nossa música e nas nossas performances, e é por isso que todo o processo criativo começa com os membros, juntos, trocando ideias e construindo tudo como um time. Mais do que sentir esse peso de ser líder da Performance Team, o que eu sinto mesmo é gratidão por estarmos trilhando esse caminho lado a lado. E nosso objetivo agora é continuar assim por muitos e muitos anos.

WOOZI, os membros sempre te chamam de “deus da música”. Você compõe desde os tempos de trainee e todos demonstram muita gratidão pelo seu trabalho. Como você faz para que todos participem na construção do conceito do álbum, para que ele realmente reflita os sentimentos do grupo?
WOOZI: Ser chamado de “deus da música” é até exagerado. Meu foco sempre foi conversar muito com os membros, para que essas histórias apareçam naturalmente nas nossas músicas. Seja compondo ou só batendo papo sobre o dia a dia, essas conversas ajudam a gente a entender melhor os pensamentos e os sentimentos uns dos outros. E acho que é justamente desses momentos que a música acaba nascendo.

DK, você é muito conhecido por ser uma pessoa calorosa e gentil. Até no Nana Tour, você reconheceu cinegrafistas com quem já tinha trabalhado antes. Parece que você realmente valoriza as pessoas e o trabalho delas. Isso é algo que você aprendeu nesses 10 anos na indústria? E o quanto é importante pra você manter esse jeito?
DK: Fico muito grato por me enxergarem dessa forma. Mas, na verdade, não é algo que eu faça de forma consciente, nem acho que seja um talento especial. Acontece que, ao longo desses 10 anos, conhecemos muitos profissionais e pessoas que nos apoiaram nos bastidores. Acho que esse sentimento de gratidão vem justamente de estar cercado de tanta gente que eu iro. Não é algo que eu pensei em mostrar, mas, se as pessoas percebem isso, eu fico feliz e quero continuar levando essa gratidão comigo em tudo o que faço.

MINGYU, além de ser um performer incrível, você tem muito interesse e talento em produção de vídeos, como mostrou no clipe de Snap Shoot, que você dirigiu e produziu. Como esse hobby tem evoluído pra você? E de que forma você contribui hoje pros projetos visuais do SEVENTEEN?
MINGYU: Eu continuo muito interessado em produção de vídeo e projetos visuais, mesmo que ultimamente eu não tenha tido tanto tempo pra me dedicar a algo específico. Mas, sempre que preparamos um álbum ou uma performance, a gente discute juntos os conceitos e as direções visuais. E, através dessas conversas, acho que todos nós fomos desenvolvendo um olhar mais apurado pra contar histórias de forma visual.

Você comentou uma vez no Tea 8 que os fãs devem sempre se colocar em primeiro lugar — priorizar eles mesmos, a família, os amigos — e que vocês só querem ser uma fonte de alegria na vida deles. Essa é uma visão muito sábia e saudável. Teve algum momento específico que te levou a refletir tão profundamente sobre esse limite entre fã e artista?
THE 8: Eu sou muito grato, de verdade, só pelo fato dos fãs nos amarem. Como os CARATs têm um impacto tão positivo em mim, comecei a desejar que eles também compartilhassem essa energia com quem está ao redor deles. Mais do que tudo, eu quero que eles vivam momentos significativos com eles mesmos, com suas famílias e com seus amigos.

Os fãs te chamam de Professor Boo por conta do seu enorme conhecimento sobre K-pop e pela sua série “We K-pop”. Nos últimos anos, uma nova geração inteira de fãs descobriu o K-pop. Como alguém que faz parte da geração que hoje lidera essa indústria, quão importante você acha que é para os fãs conhecerem quem veio antes? E, pessoalmente, o que você espera transmitir para as próximas gerações, agora que você é um dos artistas que estão moldando o presente e o futuro do K-pop?

SEUNGKWAN: O SEVENTEEN — e quem eu sou hoje — não existiria sem os artistas que abriram esse caminho. Assistir às performances deles enquanto eu crescia foi o que alimentou nossos sonhos desde o começo. O caminho que eles trilharam se tornou a base para que nós pudéssemos ir mais longe e sonhar mais alto. Por ter sentido isso na pele, a música deles permanece comigo como um tesouro eterno.

Se tem um valor que eu gostaria de ar para a próxima geração, é que se mantenham saudáveis e cuidem de si mesmos enquanto perseguem seus sonhos.

Você disse em uma entrevista que foi criado para ser uma pessoa consciente e de mente aberta, e que isso não veio de uma grande lição, mas de conversas no dia a dia. De que forma esses valores moldam a sua trajetória na indústria e até nas mensagens que você compartilha como artista?
VERNON: Conversar com pessoas diferentes me ensinou que sempre há algo para aprender, não importa com quem você esteja falando. Essas conversas nem sempre se traduzem diretamente nas mensagens que o como artista, mas influenciam bastante meu caminho criativo. Através do diálogo, fui absorvendo novas ideias, perspectivas e emoções. Isso muitas vezes muda meu jeito de pensar e percebo que me ajuda muito no meu trabalho do dia a dia também.

Você é o integrante mais novo do SEVENTEEN, mas é muito maduro e muitas vezes assume papéis que vão além do que se espera do maknae*. Como você enxerga isso e em que momentos os outros membros te procuram pra pedir apoio ou conselhos?
DINO: Obrigado por me ver dessa forma. Se em algum momento eu pareço mais maduro do que as pessoas esperam de alguém que é o mais novo, talvez seja porque sou o irmão mais velho na minha família, acho que esse lado acaba aparecendo às vezes. Depois de dez anos juntos, sinto que meu papel de maknae* nunca ficou muito definido. A gente virou algo mais como amigos e família. A gente se escuta, troca conselhos e depende um do outro cada vez mais, conforme o tempo vai ando.

*Caçula em coreano

Recado aos fãs brasileiros

Os integrantes MINGYU, THE 8, SEUNGKWAN e VERNON gravaram uma mensagem especial aos CARATs [nome dos fãs] brasileiros. Confira:

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