Os comentários, feitos no relatório da taxa de câmbio do Tesouro para o Congresso, acontecem em um momento em que as tarifas pesadas dos EUA impostas pelo presidente Donald Trump complicam os esforços do banco central japonês para aumentar a taxa de juros e retirar o histórico estímulo monetário da economia.

"O aperto da política monetária do Banco do Japão deve continuar em resposta aos fundamentos econômicos domésticos, incluindo crescimento e inflação, amparando uma normalização da fraqueza do iene em relação ao dólar e um reequilíbrio estrutural muito necessário do comércio bilateral", disse o Tesouro no relatório.

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"O Tesouro também enfatiza que os veículos de investimento do governo, tais como os grandes fundos de pensão públicos, devem investir no exterior para fins de diversificação e retorno ajustado ao risco, e não para visar a taxa de câmbio para fins competitivos", disse o relatório sobre o Japão.

A rara menção explícita à política monetária do Japão faz com que Washington volte seu foco para a taxa de juros ultrabaixa do Banco do Japão, vista como um dos fatores que mantiveram o iene fraco em relação ao dólar.

Questionado sobre o relatório, o ministro das Finanças japonês, Katsunobu Kato, disse em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira que o governo deixa as decisões de política monetária para o banco central.

O Tesouro disse que nenhum dos principais parceiros comerciais dos EUA foi flagrado manipulando sua moeda em 2024. Mas disse que o Japão, assim como a China, Coreia do Sul, Taiwan, Cingapura, Vietnã, Alemanha, Irlanda e Suíça, estão em sua lista de monitoramento para uma análise extra do câmbio.

O Banco do Japão encerrou seu estímulo monetário maciço no ano ado e, em janeiro, elevou a taxa de juros de curto prazo para 0,5%, considerando que o Japão estava prestes a atingir sua meta de inflação de 2% de forma duradoura.

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