Congresso exige "cronograma" junto com medidas de Haddad
Deputados e ministro discutem, no domingo (8), alternativa ao aumento do IOF

A reunião sobre medidas alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) servirá para que parlamentares exponham ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a insatisfação diante do que consideram um atropelo do Executivo ao Congresso Nacional.
A avaliação de líderes partidários é que cabe ao ministro apresentar um cronograma, para os parlamentares, com as medidas que serão enviadas pelo governo. Assim, ninguém será pego de surpresa novamente.
A CNN apurou que aliados de Haddad o aconselharam a evitar o envio de iniciativas que não estejam completamente combinadas com o Congresso.
No caso do IOF, esses aliados consideram o caso mais grave porque a equipe econômica não teria deixado claro, aos demais integrantes do governo, os impactos da medida.
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse recentemente, em entrevista à Globo, que Haddad não havia antecipado detalhes da medida e disse que seria “pequena”. Gleisi ainda entendeu que, como a proposta não estava aberta e considera Haddad, “sempre muito cioso”, os demais ministros acataram o decreto.
A reunião com líderes está marcada para domingo, quando Haddad deve apresentar medidas que chamou de “estruturantes” e podem substituir o decreto do IOF.
A equipe econômica avalia uma série de medidas que podem indicar mudanças no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), a revisão de benefícios tributários e benefícios sociais, a exemplo do BPC. Projetos que discutem os chamados supersalários do judiciário e a aposentadoria de militares ventilam como opção ao pacote.