Vivemos em um mundo onde videoconferences, e-mails, LinkedIn profiles e job interviews atravessam fronteiras diariamente. Ser fluente em inglês pode ser exatamente o que separa uma chance de crescimento global de uma estagnação local.
De acordo com pesquisas recentes, 48% dos brasileiros que estudam inglês fazem isso para melhorar suas career prospects. Curiosamente, apenas 9% utilizam o idioma no ambiente de trabalho atual. Isso revela algo importante: a maioria está aprendendo com foco no futuro. Investem hoje naquilo que pode abrir portas amanhã.
Lembro de uma amiga que trabalhava em uma tech company em São Paulo. Brilhante, mas insegura, ela tremia nas conference calls com o time dos EUA. Mesmo com ótimas ideias, o medo de errar em inglês a fazia se calar. Até que decidiu fazer private lessons. O resultado? Mais confiança, mais voz — e uma promoção em poucos meses.
Aprender inglês não é apenas sobre grammar rules. É sobre conquistar confidence, ganhar voz e ocupar espaço. É deixar de depender de intérpretes e construir a própria narrative.
Essa história se repete em muitas multinational corporations, onde o inglês é o idioma padrão em pitch meetings, e-mails internos, negociações e projetos colaborativos. Quem domina a língua participa ativamente, toma decisões e tem visibilidade. É como acender um spotlight sobre sua presença profissional.
Isso não significa desvalorizar o português, nossa língua-mãe. Pelo contrário: o Portuguese language é parte fundamental da identidade brasileira e deve ser respeitado. Mas precisamos evitar que o inglês se torne um social filter — algo que separa, em vez de conectar.
As empresas têm um papel essencial nesse processo. Devem investir em language training programs, criar políticas de incentivo e garantir que aprender inglês não seja privilégio de poucos, mas direito de muitos.
Infelizmente, no Brasil, falar inglês ainda é um privilégio. Cursos de qualidade custam caro e o o não é igualitário. Isso perpetua um ciclo onde apenas uma parte da população está preparada para concorrer a bilingual job opportunities.
Por isso, mais do que esforço individual, são necessárias ações estruturais. Public policies que fortaleçam o ensino de inglês nas escolas públicas e partnerships entre empresas e instituições educacionais podem transformar o cenário e garantir mais equal opportunities.
Nesse contexto, o inglês não é apenas um idioma — é uma linguagem de mobilidade social, autoestima e pertencimento. É o que permite que jovens de diferentes origens sonhem com um internship abroad, um master’s degree internacional ou um cargo de liderança global, mesmo trabalhando remotamente do interior do Brasil.
Aprender inglês é um ato estratégico, sim — mas também é um ato de resistência. É afirmar: “I can, I’m preparing, I belong.” É desenvolver uma nova forma de se apresentar ao mundo.
E para as empresas que querem liderar o futuro, apoiar essa jornada não é apenas uma escolha ética — é uma estratégia inteligente. Porque, no fim das contas, o future of work speaks English.
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